Contos

Monday, June 02, 2008

 
11 de Outubro

O dia 11 de outubro não tem nada de especial. Não é feriado, não é data cívica nem religiosa, muito menos algum fato significativo se deu nesse dia, pois nunca em meus 48 anos de vida eu tinha reparado nele. Não foi nesse dia que transei pela primeira vez, nem foi nessa data que conheci a namorada que um dia veio a se tornar a minha esposa, num casamento que não se realizou nessa data, também.

E esse dia 11 de outubro não teria motivo nenhum para significar algo, até porque era uma segunda-feira ordinária, como outra qualquer, chuvosa e de trabalho. Levantei-me no horário habitual, ou seja, muito cedo, tomei um banho, coloquei o meu terno, tomei o café que minha esposa havia preparado, dei um beijo nela, nos meu dois filhos que tinham acabado de acordar para irem à faculdade, entrei na garagem, liguei o carro e parti.

O meu dia funcionava praticamente todo ele no automático, desde a hora que eu acordava até a hora de dormir. Comia porque precisava comer, trabalhava porque precisava trabalhar, eu já nem pensava no que fazia, muito menos o motivo pelo qual eu fazia. Apenas fazia.

E, como toda vida ordinária, eu tinha um emprego ordinário. Sabe aquela pessoa que tem um cargo num banco, que trabalha nele há muito tempo, por isso domina todas as situações que possam existir, mas que por outro lado não tem ambição alguma em alcançar algo maior, uma vez que o que já conquistou até agora é o suficiente? Este sou eu.

A distância entre o lugar que eu fico durante o tempo que não estou trabalhando (conhecido como casa) e o lugar que eu fico enquanto não estou em casa (conhecido como trabalho) é geograficamente curto, dois ou três quilômetros, no máximo, mas nessa São Paulo dos anos 2000, onde a cada dia milhões de novos carros brotam do nada e a porra do transporte coletivo definha, o tempo é relativo. Relativamente demorado pra cacete.

E quando chove ainda? Daí mesmo que quem não costuma usar o carro resolve usar. Ligo o rádio para saber as notícias da manhã e as condições de tráfego. Acidente na 9 de Julho, motoqueiro atropelado na Avenida do Estado, colisão de caminhões na Marginal, inundação bloqueando uma faixa da Aricanduva. Fora os buracos, esses que surgem em progressões geométricas.

Como alguém pode exigir algum ânimo de uma pessoa que vive isso cinco dias por semana? De alguém cuja vida se divide em apenas quatro ambientes: a mesa de trabalho, o banco do carro, o sofá da televisão e a cama.

E o pior ainda é que a cama é apenas pra dormir mesmo, porque sexo que é bom eu já nem me lembro como funciona. Lembro do meu frescor da juventude, quando nós éramos recém casados, que trepávamos em todos os cantos, a todos os momentos. Éramos insaciáveis e acreditávamos que o fogo iria durar para sempre, mas depois de um certo tempo, nem Viagra salva e nem lembro qual foi a minha última trepada que não tenha sido um papai e mamãe de cinco minutos. Tira a roupa, mete, fode, goza e dorme.

Desço rampa, desço outra, rodo até encontrar um lugar vazio, pego minha pasta, caminho até a recepção, passo meu crachá para liberar a entrada, espero o elevador, continuo esperando o elevador, me espremo para entrar nele, aperto o botão do oitavo andar, ele pára no primeiro subsolo e entra gente, ele pára no térreo e entra gente, ele pára no primeiro e desce gente, ele pára no segundo e desce gente, ele pára no terceiro e desce gente, ele pára no quarto e desce gente, ele pára no quinto e desce gente, ele pára no sexto e desce gente, ele pára no sétimo e desce gente, ele para no oitavo e desço eu, cumprimento a recepcionista, caminho por entre as baias até a minha, a quarta do terceiro corredor à direita, tiro o paletó, sento na cadeira, coloco minha pasta no canto, ligo o computador e desligo a minha vida. Não dá, percebo que ela já está desligada. A vida, não o computador, esse já ligou.

Não me diferencio muito do personagem do Charlie Chaplin em Tempos Modernos, com a única diferença que uso um terno no lugar de um macacão e uma HP no lugar de uma chave de boca.

Olho no calendário e vejo que ele aponta o 11 de outubro. O que é o 11 de outubro, senão a véspera do dia das crianças. Sei também que é um dia santo, alguma coisa a ver com Nossa Senhora, mas eu não sou católico faz tempo e, como meus filhos não são mais crianças, então não é nada mais do que a véspera de um feriado, que dessa vez caiu numa segunda-feira e está chovendo.

Na hora do almoço, alguma coisa passada da uma da tarde, vou até algum restaurante que seja perto e não esteja tão lotado. Vou não porque eu quero, mas tem uma hora que teu estômago pede para que você se levante e tome uma atitude, pois já diz o ditado que saco vazio não pára em pé, e pelo jeito nem sentado.

O pessoal na mesa comenta sobre o dia chuvoso, os planos do feriado de amanhã, o nabo que o coringão levou no final de semana e o filho da puta do dono do banco, que mesmo com o rabo cheio de dinheiro alheio, não deixou a gente emendar o feriado. Eu concordo, se bem que se não trabalhasse provavelmente passaria coçando a minha barriga gorda defronte a TV o dia todo.

Por falar em barriga, isso é outra merda da passagem dos tempos. Se não bastasse o pinto que não tem mais interesse em funcionar e os cabelos que querem cair, esse ser insiste em crescer dentro de mim, tal qual os Aliens naquele filme antigo, deformando o físico que um dia eu me orgulhei de ter. Claro que o churrasco, a cerveja e a macarronada nada têm a ver com isso, pois não é justo eu me privar de um dos poucos prazeres que ainda possuo.

E por falar em prazeres da carne – gastronomicamente falando, claro – a única coisa que me dá prazer numa segunda é o viradinho servido em todos os restaurantes e PF’s da vida.

Números, números e números. Gráficos, gráficos e gráficos. Tabelas, tabelas e tabelas. Fórmulas, fórmulas e fórmulas. Novo, salvar e fechar.

Hora de ir embora. É como pegar o filme gravado pela manhã e colocar no rewind. Desligo o computador, pego a pasta no canto, levanto da cadeira, coloco o paletó, caminho por entre as baias até a saída, a recepcionista já foi embora, espero o elevador, continuo esperando o elevador, ele pára e já está lotado, não entro, continuo esperando o elevador, me espremo para entrar nele, o botão do segundo subsolo já está apertado, ele pára no sétimo e entra mais gente, ele pára no sexto e entra mais gente, ele pára no quinto e não entra ninguém, porque já está lotado, ele pára no quarto e não entra ninguém, ele pára no terceiro e não entra ninguém, ele pára no segundo e não entra ninguém, ele não pára no primeiro, porque esses malditos sortudos podem descer pela escada, ele pára no térreo e desce gente, ele pára no primeiro subsolo e desce gente, ele pára no segundo subsolo e desço eu, passo meu crachá para liberar a saída, caminho até meu carro, coloco a pasta no banco do passageiro, saio da vaga, subo rampa, subo outra, estou na rua.

A chuva passou, e o trânsito nem está tão ruim, afinal é véspera de feriado, mas mesmo assim enche o saco dirigir até minha casa.

Paro num semáforo, estou entretido procurando alguma coisa no rádio quando ouço um estouro ao meu lado. Olho e vejo o vidro do passageiro do meu lado estourado, e uma mão puxando minha pasta. Mecanicamente, viro meu corpo para impedir e escuto outro estouro.

Agora para mim o dia 11 de outubro tem um significado especial, pois foi o dia em que eu morri, vítima de uma bala na cabeça em um assalto no trânsito. Mas para todas as outras pessoas, o 11 de outubro continua sendo apenas véspera de um feriado. Um dia insignificante qualquer.

 
Vocês Duas

Sou um cara normal, com uma vida normal e nada emocionante. Tenho um emprego normal, que se não me permite ser milionário, pelo menos garante o necessário para uma vida confortável.

Tenho também uma namorada, estamos juntos por volta de um ano e meio e há seis meses resolvemos morar juntos, num pequeno apartamento de dois quartos numa região ok da cidade. Um casal entre milhares, milhões, espalhados por esse mundo, cujas vidas não despertariam atenção de nenhum cineasta ou escritor. Mas eu sentia que, finalmente, havia encontrado a mulher da minha vida.

Certa noite, estávamos nós dois deitados em nossa cama, conversando frivolidades antes de dormir e após um dia cansativo de trabalho, quando ela me pediu-mas-já-informando se uma amiga dela poderia passar uns dias em casa, já que ela era de outro Estado e ficaria na cidade fazendo um curso ou algo do tipo.

Estranhei num primeiro momento, pois, apesar de já ter ouvido seu nome algumas vezes, não era dos mais citados e, durante todo esse tempo de convivência, nunca tinha a visto, mas tudo bem, já que tínhamos um pequeno quarto que poderia ser chamado de hóspedes, mas que quase nunca fora usado, não pelo menos para hospedar pessoas. Não imaginei que poderia haver mal nisso pois seriam apenas alguns dias, uma semana, se muito, e ter alguma companhia não seria tão ruim.

Certo, ela chegaria naquele domingo pela manhã, e nós a iríamos buscar no aeroporto.

Por nunca tê-la visto, nem por fotos, fiquei imaginando como ela seria, bonita ou feia, legal ou chata, mas logo esses pensamentos se esvaíram, caí no sono e esqueci do ocorrido até a manhã do combinado, quando fui acordado pelo irritante som do rádio relógio e amaldiçoei quem planeja vôos tão cedo num domingo.

A chegada dela começara com o pé esquerdo, uma vez que acordei cedo, de mau humor e, por isso mesmo, como precisei de um longo banho pra virar gente, saímos de casa um pouco atrasados, o que despertou a ira da patroa, aumentando ainda mais a minha não felicidade.

Chegamos ao aeroporto, estacionamos em algum lugar disponível e excessivamente caro, e nos pomos a procurar o portão de seu desembarque. Para nossa sorte (ou azar), seu vôo estava um pouco atrasado e tinha acabado de aterrissar, assim tivemos que esperar um tempo considerável até ela efetivamente chegar.

Cada mulher com a faixa etária da minha e que saía pelo portão de desembarque, eu esperava que fosse ela, para podermos voltar para casa, mas ao passar reto por nós, percebia que não era aquela ainda.

Lá pela sétima ou oitava com essas características, finalmente ela chegara. Minha namorada então se adiantara e abraçara com força uma menina que carregava uma grande mala azul e rodinhas. Ela então nos apresentou, nos cumprimentamos e seguimos para o carro, comigo puxando a mala enquanto ambas caminhavam dois ou três passos a frente.

Primeiro, cabe explicar que ela era gaúcha e que acabara de chegar de Porto Alegre. Partindo dessa premissa e dos estereótipos que temos, logo se imagina ela como sendo uma loura cavalona, gostosa pra caralho, tipo uma Gisele Bündchen. E, continuando o raciocínio, obviamente eu morreria de tesão por ela, estando louco para um sexo selvagem e sem limites.

Engano seus, era bem o contrário. Ela tinha os cabelos e os olhos muito pretos, causando um contraste incrível com a coloração de sua pela super clara. Além disso, era baixinha, de verdade, e bem magrinha.

Certo, então ela apenas uma garota ordinária, que não chamaria a atenção e que poderia desfilar tranquilamente de roupa íntima perto de mim que nem ficaria com o pau duro? Ledo engano! Eu a tinha achado linda, que apesar de magrinha era bem gostosinha e, meu Deus, toda vez que ela falava com aquele sotaque cantado eu me derretia todo.

Caminhando atrás dela me perdi entre pensamentos impuros, até que chegamos ao carro, coloquei sua mala atrás, entramos e rumamos ao lar. Dentro do carro pudemos então conversar um pouco mais, descobri que tinha conhecido minha namorada quando elas estudaram juntas na faculdade de arquitetura em Curitiba, que estava agora trabalhando mais na área de decoração, motivo qual veio fazer um curso por aqui e que não tinha namorado. Informação das mais relevantes, só não sabia para quem.

Daí, carro estacionado, pegamos a mala, subimos no elevador, blá, blá, blá. Como já era quase hora do almoço, ela foi tomar um banho para sairmos novamente. E a minha aflição começou naquele instante, em que ela saiu do “seu” quarto com um vestidinho leve e colorido.

Só uma coisa a se dizer: Puta que pariu! E uma coisa a se pensar: Fodeu!

Da mesma forma que não se explica amor a primeira vista, como explicar o tesão a primeira vista? Exato, não tem como, mas que a gente sabe que existe, ah, como existe sim!

Que mau humor que nada, ele já era. Conversei com ela animadamente, assim como minha namorada, que por não se verem há muito tempo, obviamente tinham muito que conversar. Papo vem, papo vai, uma comidinha leve, num dia de calor, acompanhada de algumas cervejas, relaxou todos. Após, demos uma volta no entorno para mostrar-lhe parte da cidade e voltamos para casa.

Lá, ligamos a TV e alternávamos um trecho de um programa, um pouco de conversa e um copo de cerveja, numa agradável rotina que seguiu até a noite, apenas interrompida num pequeno intervalo para uma pizza.

Por volta das 9 da noite, ele nos pediu desculpas, mas iria dormir, pois estava cansada e no dia seguinte iria acordar bem cedo, não conhecia o local do seu compromisso e por isso mesmo não queria perder hora.

Enquanto as duas arrumavam o quarto de hospedes, aproveitei pra tomar um banho, ato que foi seguido pela minha namorada, logo após a minha saída do banheiro. Deitei na cama esperando por ela, e comecei a pensar na gostosa que estava dormindo a poucos metros de mim e tudo isso começou a me excitar, tanto que, quando minha namorada entrou no quarto, envolta numa toalha, agarrei-a num misto de firmeza e delicadeza, jogando-a na cama e, antes que pudesse dizer algo, beijei-a com volúpia.

Ela começou então a dizer que a amiga estava no quarto ao lado, que poderia ouvir, mas isso só aumentou o meu tesão, fazendo com que eu jogasse tua toalha longe e, antes que ela pudesse fazer qualquer coisa, comecei a chupar seu pescoço. Isso sempre a desestabilizou e dessa vez não fora diferente, logo ela já tinha entrado no jogo. Rápido, comi-a e gozei muito forte, porém pensando na gaúcha do quarto ao lado.

Engana-se quem pensa que minha namorada não me excita, muito pelo contrário. Ela é muito gostosa, com seios incríveis e a melhor bunda e par de coxas que já tivera a sorte de tocar. Transamos sempre e, dentro do contexto um homem mais uma mulher, não temos pudores nem abdicamos de fantasias para apimentar o sexo e não permitir que ele caia na rotina. Nunca precisei apelar para outras mulheres ou outras situações para gozar. Mas dessa vez fora diferente.

A semana começa e caminhava para ser normal. Acordávamos cedo, com a diferença que agora éramos três, caminhávamos a pé até o ponto de ônibus onde cada um tomava o seu destino, e por coincidência as meninas pegavam o mesmo. Quando eu chegava em casa, elas já estavam, comíamos alguma coisa, assistíamos algum programa, conversávamos, coisas rotineiras.

Quando a gente não tinha preguiça, íamos até um projeto de academia que o prédio possuía, pra fazer alguma coisa que pudesse ser chamado de exercício, para pelo menos termos a consciência tranqüila de não sermos sedentários e, nessa terça, minha namorada convidara a amiga para ir com a gente, e ela topou.

Meu, a menina me sai do com um shortinho curto e justo, e um top agarrado nos seus pequenos seios, e eu quase tive um orgasmo ali mesmo. E quando se veste um shorts para exercícios, fica mais difícil disfarçar, mas eu precisava.

Subimos até a cobertura que abrigava os aparelhos e, enquanto as meninas usavam as bicicletas ergométricas, eu tentava me exercitar em algum ponto que pudesse não vê-las pra não queimar meu filme e, quando elas terminaram, já que o lugar só possuía duas delas, trocamos de posição.

Só que essa troca pôs a gostosa da amiga bem defronte a minha pessoa, e a querida passou a fazer um tal de exercício para glúteos com a bunda bem virada para mim. Daí não tem homem, comprometido ou não, fiel ou não, que agüente. Suei frio e, pra não dar merda, falei que tava cansado e que iria descer.

Entrei no banheiro para tomar banho e, como estava sozinho em casa, acabei batendo uma pra me aliviar, e gozei maravilhosamente, lembrando daquela bunda. Livre do “pecado”, me acalmei, tomei um banho e coloquei uma roupa confortável. Só após isso e quando estava abrindo a geladeira para comer algo que elas chegaram, vermelhas, suadas e rindo muito. Com certeza a conversa deve ter sido boa.

Minha namorada, como boa anfitriã, deixou a amiga tomar banho primeiro, e veio me perguntar se eu estava bem, porque ficara lá pouco tempo. Dei uma desculpa idiota, misturando cansaço e dor no joelho. E acho que ela acreditou.

Uma saiu do banho, a outra entrou, e a amiga, já trocada (pausa, com uma blusa de alcinha sem sutiã e um shorts curto) veio também me perguntar o motivo da minha fuga, fazendo-me usar da mesma desculpa. Conversamos sobre qualquer coisa até que todos estivessem de banho tomado e na mesa para comer.

O papo continuou a ser sobre exercícios, forma física, essas coisas. A amiga nos perguntou se sempre fazíamos esses exercícios, falamos que sim e que eu ainda jogava futebol todas as quartas, e ela comentou que devia ser por isso que eu tinha essas pernas, dando uma ênfase levemente maliciosa no “essas”. Fiquei sem graça e olhei de lado para minha namorada que, por incrível que pareça, além de rir e concordar, ainda disse que não era só isso que era gostoso em mim. Ambas riram e eu fiquei meio perdido.

Ela não era ciumenta, nunca tivemos uma briga séria por ciúmes, mas ela estava longe de não se importar com isso. Por isso mesmo estranhei essa postura dela, nunca tinha visto, com nenhuma amiga dela, nem as mais chegadas.

E a noite ficou por isso mesmo e, graças à minha aliviada, não precisei agarrar e comer a mulher na minha cama pensado naquela do cômodo ao lado.

Como já dito, era quarta-feira, dia do meu futebol, então significava que eu iria trabalhar de carro e, mesmo assim, chegava tarde em casa, com minha namorada geralmente já deitada, ou cochilando no sofá com a TV ligada. Porém naquela noite estavam as duas sentadas no sofá, comendo pipoca e assistindo a um filme de menininhas. Elas me cumprimentaram, falei que estava muito sujo para chegar perto, que iria tomar um banho, e a amiga falou pra eu vir logo senão a pipoca iria acabar.

Enquanto tomava banho percebi que as duas eram bem íntimas, mesmo com o tempo que não se viam, apesar disso não significar nada. Percebi também que minha namorada não se incomodava com a forma que a amiga se portava comigo e com as (poucas) roupas que vestia em casa e, convenhamos, se ela não ligava, quem seria eu pra ligar?

Entrei no quarto e resolvi brincar um pouco também. Coloquei um shorts sem cueca e uma camiseta e fui até o sofá, sentando ao lado de minha namorada, que ficou meio que espremida no meio de nós dois no sofá para dois lugares. O filme que passava era meio xarope, um que já tinha assistido, então não me importei, fiquei comendo pipoca e conversando com as duas.

O assunto rodou até que minha namorada a perguntou sobre como ela conseguia ficar sem namorado. Ela riu, disse que era difícil, mas que isso não significava que ela ficava sempre sozinha. Elas riram juntas, era como se eu não estivesse perto, o papo girava sobre sexo, nunca vira minha namorada falando desse assunto tão abertamente, pelo menos não na minha frente.

Elas evitaram falar sobre a minha namorada, talvez em respeito a mim, ou não, mas da amiga deu pra perceber que ela não era fácil não, e que não dispensava um sexo. E eu só lá, ouvindo.

Era tarde, nos despedimos, e cada qual foi para teu quarto. Deitamos e comentei com ela que a amiga era bem safadinha, ela sorriu pra mim, perguntou se eu tinha ficado excitado com a conversa e, antes que eu pudesse responder, subiu em mim e começou a me beijar. Daí não teve jeito, transamos e gozamos como a muito não fazíamos, e desmaiamos na cama.

A quinta-feira correu normalmente, até que cheguei em casa e vi apenas minha namorada. Perguntei pela amiga e me disse que ela tinha ido até um Shopping ali perto comprar umas tranqueiras, pois ela irá embora no sábado após o almoço e não iria dar tempo depois. Recusei a academia, pois estava cansado, e ficamos vendo jornal, até que ela comentou que a amiga tinha nos ouvido transando na noite anterior.

Fiquei sem graça, perguntei o que ela tinha falado e minha namorada, numa aparência tranqüila, disse apenas que ela ficara excitada e imaginando o que estávamos fazendo. Taí mais uma coisa que nunca imaginara ela dizendo, mas em se tratando disso, nada me surpreendia mais.

Resolvi então perguntá-la qual era o grau de intimidade que elas tinham, pois nunca a tinha visto tão livre e desinibida, quando ela me retrucou, pedindo se isso me incomodava. Só tive tempo de, com um sorriso mal disfarçado, dizer que claro que não, pelo contrário, quando a turista entrou pela porta, com duas sacolas de compras.

Levantamos para ajudá-la, levamos tudo para o quarto. Elas sentaram então no sofá e eu fui até a cozinha, peguei três latas de cerveja, dei uma para cada um, e passamos a conversar novamente. E eu cada vez mais apaixonado por aquele sotaque gostoso.

Durante a conversa, automática mas premeditadamente, comecei a acariciar as coxas da minha namorada, indo do joelho até quase a virilha. Notei que ela estava arrepiada, fato que sempre acontecia quando ela estava excitada, e daí mesmo que eu não iria parar, principalmente quando eu percebi que a amiga, em intervalos cada vez menores, olhava para os movimentos delicados e contínuos de minha mão.

Num dado momento, dentro de um contexto, a amiga me perguntou se eu a achava bonita. Olhei para minha namorada, como se esperasse uma autorização para dizer o que pensava, concedida por um risinho,e respondi que achava sim. Mas daí ela disse que se achava muito magra, que não era gostosona como minha namorada, que respondeu que era pra ela parar de besteiras, pois era sim muito gostosa e muitos homens desejavam ela, passando a pergunta para mim. No susto, com as duas me olhando, disse que minha namorada tinha razão.

Então a amiga riu, perguntando se eu a desejava. Antes que eu pudesse responder qualquer coisa, minha própria namorada concordou com isso, pois eu sabia apreciar uma mulher gostosa, senão eu não namoraria com ele. E riram, e riram, e eu fiquei lá, com cara de pastel. E eu juraria que, se uma delas não fosse a minha namorada, teria certeza que elas estavam dando em cima de mim, as duas.

Ao irmos pra cama, a minha namorada me disse para ser sincero, sem medo de dizer a verdade, se eu achava a amiga dela atraente. Respondi que sim, mas que queria saber o motivo da pergunta. Ela me disse que não era nada, que estava com sono e iria dormir, então deu um beijo na minha boa, virou-se e dormiu. E eu demorei um bom tempo pra dormir, de pau duro e tentando entender o que estava acontecendo.

Logo cedo na manhã seguinte, minha namorada me pediu pra ir trabalhar de carro e que no fim da tarde eu passasse no emprego dela para podermos os três sairmos em algum lugar, uma vez que a amiga iria embora no dia seguinte e elas queria beber algo pra despedida.

Um pouco mais tarde do horário combinado, graças ao trânsito, passei e peguei as duas, rumando para um barzinho bacana no meio caminho entre o trabalho e nossa casa. O lugar estava meio cheio, como de costume, e sentamos numa mesa circular ao fundo. Pedimos algumas bebidas, algo pra comer e conversamos sobre a impressão dela daqui.

Ela disse ter gostado, que era maior que a sua cidade, mas que era uma pena ter que ir embora tão cedo, já que no domingo era aniversário de sua mãe e na segunda-feira ela retornava ao trabalho. E que a única pena era não poder experimentar um homem local. Foi quando minha namorada saiu com um “ainda há tempo até amanhã”. E o assunto esquentou.

Minha namorada comentou alguns detalhes de nossa vida sexual que nunca a vira comentando, mas que não eram mentira, como o fato de temos fogo até hoje. Ela rira e disse que tinha percebido naquela noite passada.

Eu estava ficando louco no meio de toda aquela conversa e eu juro que se não fosse muito apaixonado por aquela menina ao meu lado, já teria comido aquela baixinha. E o pior que a impressão que eu tinha as vezes é que minha namorada não se importaria.

É, agora vocês percebem que eu estava na beira do precipício, a minha namorada estava querendo me empurrar para ele e eu estava doido para saber a sensação da queda.

Fui até o banheiro e, assim que me sentei, de repente, como que se combinado, as duas decidiram ir pra casa. Ainda era cedo, e principalmente, sexta-feira, mas fazer o quê? As senhoritas mandam, é sempre assim, ainda mais quando estão em maioria. Pagamos a conta e fomos pra casa.

A amiga estava estranha, na verdade as duas estavam, mas ela estava pior. Quieta, parecia que a conversa tinha extrapolado algum limite e elas se tocaram, pois as conversinhas sacanas pararam. Chegando, ela falou que estava um pouco indisposta e que iria dormir para acordar bem para a viagem. Nos despedimos, tomamos banho e fomos pra cama.

Perguntei o que tinha acontecido, ela disse que nada demais acontecera, apenas que a amiga estava um pouco indisposta e cansada mesma. Dei os ombros, e perguntei pra minha namorada se ela também estava indisposta, que me respondeu que para o que eu queria, nem um pouco. E começou a me beijar. Eu que já estava excitado, não precisei de muito para cair na brincadeira.

Estávamos na cama, já completamente nus, quando ouvi um barulho da porta se abrindo. Virei-me para ver o que era e me surpreendi ao ver que era a amiga do quarto ao lado. Fiquei estático por um momento, até que minha namorada puxou meu rosto com força, para me beijar. Senti que ela se aproximou, deitou-se ao nosso lado e, com um olhar sacanamente angelical, como se isso pudesse existir, pegou no meu pau, sem tirar os olhos do meu. Não sabia para onde olhar, para onde desviar o mesmo, afinal, por mais que eu estivesse desejando isso há muito tempo, minha namorada estava ao meu lado!

Cá estava eu, beijando a minha namorada e com a amiga dela me masturbando ao mesmo tempo. Estava sem reação, quando a primeira perguntou no meu ouvido se não era isso que eu queria. Respondi com a cabeça que sim, e ela me disse para relaxar e aproveitar, e não encanar com nada. Nisso, ela se aproximou da amiga, e começaram a se beijar, bem próximo de mim. A amiga então se desvencilhou dela e passou a me beijar, enquanto minha namorada assumia seu papel, primeiro me masturbando, depois me chupando.

Eu tinha virado um delicioso boneco na mão daqualas duas mulheres gostosas, que passaram a se aproveitar de mim de todas as maneiras. Chuparam-me as duas ao mesmo tempo, comi minha namorada enquanto ela chupava a boceta da amiga, comi a amiga enquanto minha namorada chupava os peitos dela. Definitivamente, nem em meus sonhos mais eróticos eu tinha imaginado isso. Passamos um bom tempo nisso, perdi completamente a noção do tempo.

Primeiro gozei dentro da minha namorada, depois de muito segurar, e cai desfalecido. Elas então disseram que eu não iria poder ficar assim, me deram um banho de língua até meu pau dar sinal de vida, o que não demorou quase nada, e sua amiga sentou-se nele cavalgando alucinadamente, deixando-me mais uma vez louco. Minha namorada então se aproximou do meu ouvido e disse que era pra eu gozar dentro da menina também, e aquela ordem pôs-me num estado de loucura, não precisando muito tempo para meu gozo preencher por completo aquela boceta aparada e apertadinha.

Elas perceberam que eu realmente estava acabado naquele momento, e resolveram me dar um pequeno showzinho, com beijos e línguas em todos os pedaços dos seus corpos. Eu não conseguia acreditar que estava ali, exausto de tanto gozar, vendo a minha querida namoradinha se agarrando numa outra mulher, com uma desenvoltura que eu jamais poderia imaginar. E eu estava amando aquilo tudo.

Depois de um tempo elas gozaram mais alguma vezes, eu ainda tive forças tiradas do sobrenatural para comê-las mais um pouco, até que nós três acabamos por dormir, nus e abraçados.

Quando despertei no sábado, ambas já tinham acordado, estavam quase prontas pra irmos até o aeroporto, e conversavam comigo como se nada de mais tivesse acontecido. Tomei um banho, comi alguma coisa, e fomos levar a amiga para tomar o avião.

Despedimo-nos com um forte abraço, minha namorada disse para ela voltar logo e ela nos convidou para visitá-la algum dia.

Assim que entramos no carro, minha namorada disse que, respondendo a minha pergunta de outro dia, na época de faculdade elas tinham se beijado algumas vezes e uma vez chegaram a ir para a cama juntas, que após isso ela nunca mais tinha sentido atração por nenhuma outra mulher, mas que, ao vê-la, sentiu um pouco daquilo de volta, e soube que a amiga também sentira mas que, se elas fizessem escondido iria sentir que estava me traindo, então era mais simples me colocar na história, pois assim ninguém iria se sentir mal.

Respondi que me assustei no início, mas que não tinha como negar que tinha adorado tudo aquilo e que a minha namorada era a melhor do mundo. Ela riu, beijou-me suavemente na boca e disse que não era pra me acostumar, pois não iria se repetir, a menos que a amiga aparecesse outra vez.

E bem que ela poderia aparecer de novo, eu não iria reclamar.

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