Contos

Tuesday, September 09, 2008

 
Poltrona número 5

Precisamente às 19 horas o meu ônibus estacionou. Por ser um destino não muito convencional, ainda mais numa quarta-feira, apenas umas três pessoas entraram, além de mim.

Coloquei a minha mala no bagageiro, e subi. A minha poltrona, número 5, era na segunda fileira. Sentei, coloquei a minha mochila no banco ao lado, peguei meu mp3 player e comecei a ouvir alguma coisa, para me entreter nesse inicio de viagem. Porem, mal o ônibus saiu, uma mulher que já estava sentada em algum lugar ao fundo veio até a primeira fileira, coincidentemente aquela à minha frente, sentou-se e deitou completamente o banco.

Dessa forma, se eu mantivesse minha visão direcionada à minha frente, eu poderia vê-la nitidamente pelo reflexo do vidro que separava a parte dos passageiros do motorista. Discretamente, passei a prestar a atenção nela, era uma loira, se não muito bonita pelo menos longe de ser feia. Por volta dos seus 30 anos, estava muito bem arrumada e vestida. Usava os seus longos cabelos lisos presos, um batom discreto e um par de brincos em argolas. Vestia uma blusinha verda escuro e uma saia clara.

Nesse período de avaliação, durante o qual eu me abstraí, percebi que ela, pelo mesmo reflexo, conseguia ver o meu rosto, claramente a olhando e, quando nossos olhos indiretamente se cruzaram, ela deu um sorriso que não pude distinguir se era somente amigável ou então malicioso.

Disfarcei, comecei a olhar para os lados, mas sempre voltava a olhá-la. Vezes ela estava me olhando, vezes ela também passava a me olhar. E as olhadas começaram a ser mais constantes, e os sorrisos idem.

Num certo momento, em que eu estava olhando para as suas pernas, ela descruzou suas pernas, num movimento lento, ritmado, para voltar a cruzar do outro lado. Ergui meus olhos, que pode ver um sorriso agora claramente malicioso.

E essa brincadeira de sedução continuou, com a definitiva descruzada de pernas, num ângulo que eu podia ver claramente a sua calcinha, preta, entre duas coxas grossas. Não tive como impedir o meu pau de ficar duro, e ela não precisava vê-lo para ter certeza disso.

Discretamente, olhei para trás e vi apenas mais quatro pessoas no ônibus. Um casal de idade sentado três fileiras atrás de mim, outra senhora do outro lado do corredor e um homem um pouco mais atrás. Ou seja, nenhum expectador.

Não sei quanto tempo durou essa brincadeira, pois perdi a noção de tempo. Infelizmente, o sol teve que se por volta das oito da noite, mas logo a enorme lua cheia e as estrelas tomaram posse do céu e, se não permitiam o reflexo com a mesma nitidez de antes, ainda assim colaboravam com a gente.

Num dado momento disso tudo ela começou a acariciar a sua perna, com movimentos suaves, subindo do joelho até a virilha, passando pela coxa e subindo discretamente a sua saia. Eu comecei a ficar louco, meu pau queria explodir dentro da calça e, após mais uma breve olhada para trás, abri o zíper, o liberei e comecei a acariciá-lo. Ele estava duro como poucas vezes o tinha visto.

Ela notou o que eu tinha feito, pois seu sorriso ficou mais sacana ainda, e passou a se tocar também. Passava a sua mão por cima de sua calcinha até que, num dado momento, pude perceber claramente que ela a tinha posto de lado, passando a se masturbar sem qualquer pudor.

Isso somado à cara de tesão que ela fazia, hora fechando os olhos, hora mordendo os lábios enquanto me olhava fixamente, começou a me deixar ensandecido. Estava pronto para gozar, quando decidi dar um tempo. Tirei a mão do meu pau, pois qualquer toque, por menor que fosse, o iria fazer explodir numa torrente de prazer e gozo, mas que com certeza sujaria o ônibus todo, o que eu não tava afim.

Porém, ela queria era mais. Lentamente, arqueou o corpo para cima, colocando suas mãos para trás quando pude enfim perceber que ela estava é tirando a sua calcinha. Ela foi descendo, passando pelas coxas, pelos joelhos e, primeiro levantando uma perna, e depois a outra, a tirou por completo.

Estava impressionado, mas principalmente louco de tesão. E com certeza ela também estava, pois abriu suas pernas e, com a mão direita retomou com mais gosto a masturbação, enquanto a esquerda segurava com força o apoio de braço da poltrona.

Nos momentos que conseguia manter os olhos abertos, ela me olhava com aquele olhar de safada, fazendo com que eu me controlasse muito para não pular o banco e a passasse a comê-la alucinada e ininterruptamente.

Algum tempo nisso e eu percebi que ela iria gozar. Fechou fortemente os olhos, enquanto mordia seus lábios e gemia baixinho, tentando não chamar atenção naquele ambiente extremamente quieto. Seus movimentos passaram a ser mais rápidos, e eu podia jurar que conseguia ver gotas de suor escorrendo por sua testa.

Até que ela gozou. Seu corpo estremeceu, os movimentos pararam, um sorriso de satisfação invadiu a sua cara. Tudo isso para apenas e tão somente a minha audiência. Minha e do meu pau, que não havia diminuído nem um milímetro.

Aparentemente satisfeita, ela se recompôs e me olhou, com uma aparência angelical. E fez um movimento facial que claramente indicava que era a minha vez. Olhei para baixo, olhando para ele e, em resposta ao meu olhar de indagação, recebi um sim com a cabeça.

Desafivelei meu cinto, desabotoei a calça, deixando meu pau completamente livre. Peguei dentro a mochila um papel qualquer, para impedir a sujeira, e retomei o serviço em movimentos lentos.

Fixei meu olhar nela que, para me estimular (como se eu ainda precisasse) disso) ergueu sua saia até quase a cintura, deixando à mostra aquela bocetinha gostosa e gozada, com curtos pelos claros. Toda aquela visão começou a me enlouquecer e não precisei mais do que pouquíssimos minutos para gozar numa intensidade poucas vezes presenciada por mim.

Totalmente acabado, limpei o meu pau, recolocando-o ao seu lugar devido. Fiquei uns dois ou três minutos recuperando as minhas forças quando a vi se ajeitando, colocando a saia no lugar, pegando a sua bolsa, como se estivesse para ir embora. Uma olhada pela janela me fez perceber que eu estava quase na cidade, pois as casinhas da periferia já começavam a aparecer no horizonte.

Sem dizer uma só palavra, ela se levantou, olhou-me nos olhos, pela primeira vez diretamente, sorriu e foi em direção da porta que separava a parte do motorista. Num ultimo movimento, ela olhou para o banco que estava, como se me mandasse ver lá e saiu. Debrucei-me sobre ele e vi um pequeno pedaço de pano preto, a sua calcinha.

Peguei-a, coloquei na bolsa, no instante que o ônibus parava para ela descer. Tentei ainda vê-la pela última vez, mas não foi possível.

Nunca mais a vi, não ouvi a sua voz e muito menos sei o seu nome, mas guardo até hoje aquela calcinha, lembrança de um dos melhores e maiores orgasmos da minha vida, e sem nem ao menos ter podido sentir a sua pele.

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